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Preços das frutas apresentaram um pequeno aumento em julho - Imagem: Arquivo/CEAGESP |
A estiagem vem
prejudicando a qualidade e a oferta dos legumes, refletindo um aumento do
Indicador em 2,34%. Já o volume comercializado acumulado no ano, em comparação
ao mesmo período de 2016 cresceu 4,34%.
São Paulo,
agosto de 2017 – O Índice de preços da CEAGESP encerrou o mês de julho com
elevação de 2,34%. Nos primeiros sete meses do ano, o indicador acumula baixa
de 5,10%. O cenário para 2017 em relação aos níveis inflacionários ainda continua
positivo para o consumidor. No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador
registra retração de 8,14% nos preços praticados.
Em julho, o setor de frutas subiu 2,36%. As
principais altas foram da atemoia e do caju, ambos com 28,7%, do abacate
quintal (25,4%), do limão taiti (19,9%), manga palmer (16,4%) e da melancia
(14,4%). As principais baixas foram do mamão havaí (-16,8%), do morango (-15,4%),
da ameixa estrangeira americana (-13,9%), do abacaxi pérola (-13,1%) e da
carambola (-7,6%).
O setor de legumes registrou forte alta
de 14,2%. As principais elevações
ocorreram nos pimentões amarelo e vermelho (83,3%), no tomate (37,4%), no
pimentão verde (32,6%), na ervilha torta (27%), no jiló (20,6%) e no quiabo
(18,9%). As principais baixas ocorreram com o pepino japonês (-10,9%), a
abobrinha italiana (-9,1%), a mandioca (-7,3%) e o chuchu (-5,7%).
O setor de verduras apresentou baixa de 4,62%.
As principais baixas foram da cenoura com folhas (-26,1%), da alface crespa
(-20,6%), da escarola (-15,2%), da alface lisa (-14,4%), do espinafre (-12,7%),
da erva doce (-11,8%) e da beterraba com folhas (-11,6%). As principais altas
foram do salsão (30,6%), do louro (28,6%), da couve flor (15,5%), do repolho
(13,5%), da hortelã (12,7%) e da escarola hidropônica (11,1%).
O setor de diversos apresentou baixa de 4,35%. Os principais
recuos foram da batata beneficiada (-27,3%), da batata comum (-26,3%), do milho
de pipoca estrangeiro (-7,9%), do alho nacional (-6,0%) e dos ovos brancos (-3,0%).
Os aumentos ficaram por conta da cebola nacional (31,4%), do coco seco (18,4%)
e do amendoim com casca (4,5%).
O setor de pescados registrou queda de
2,26%. As principais baixas foram da
abrótea (-27,1%), da anchova (-22,9%), da pescada maria mole (-22,8%), do namorado
(-17,8%), da pescada (-11,8%) e da pescada goete (-9,0%). Os principais
aumentos foram do robalo (11,0%), do cação congelado (7,6%), da lula congelada
(3,5%) e da betara (3,2%).
O volume
comercializado no entreposto de São Paulo totalizou 258.957 toneladas ante
244.377 negociadas em julho de 2016. Crescimento de 5,97% em relação ao mesmo
período do ano passado.
No acumulado do ano, houve crescimento de
4,34%. O volume passou de 1.828.961 toneladas negociadas em 2016 para 1.908.411
toneladas em 2017.
Os preços dos produtos encerraram o mês de
julho em baixa, com exceção do setor de frutas que apresentou pequena alta e do
setor de legumes com forte alta, reflexo das fortes chuvas de meados de junho.
Já o setor de verduras tem oferecido produtos de boa qualidade, sobretudo os irrigados.
Com os baixos índices pluviométricos, as culturas desprovidas de irrigação
sofreram muito com a falta de água e apresentaram elevados preços, sobretudo os
legumes. Para este mês de agosto, está previsto um cenário semelhante a julho,
mas não vemos possibilidade de elevações maiores de preços no setor de legumes.
A previsão dos meteorologistas é de frentes frias fracas e continuidade da
estiagem. Com a manutenção do tempo frio, o desenvolvimento e a maturação de
alguns produtos ficarão prejudicados neste período.
Índice CEAGESP
Primeiro balizador de preços de alimentos
frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um indicador de variação de preços no
atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados
mensalmente, os 150 itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de
cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi
lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento.
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