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Dicas CEAGESP: Cenoura e abacate estão mais em conta essa semana (25/5)

Sexta-feira Santa, Páscoa e peixes: o segredo de uma tradição



Tradição se mantém e colabora para o aumento do consumo de peixes



Os dias que antecedem o domingo de Páscoa formam a Quaresma, que compreende o período entre a Quarta-feira de Cinzas (após o Carnaval) e a Sexta-feira Santa (dia em que Cristo foi crucificado), e que relembram os dias em que Jesus jejuou no deserto.

Dentro da tradição da Igreja Católica, iniciada provavelmente durante a Idade Média, a Sexta-feira Santa, também conhecida como Sexta-feira da Paixão, é um dia reservado para a prática da abstinência de carne vermelha e frango, que podem ser substituídos por peixes. Na época, a carne era considerada um artigo de luxo, muito raro na mesa das pessoas que não tinham muitas condições, enquanto o peixe era abundante, barato e muito comum nas refeições dos mais humildes. Então, consumir peixes remetia à ideia de uma refeição mais simples.

Não consumir carne vermelha nessa data é por respeito ao derramamento de sangue de Jesus Cristo durante o seu sacrifício e a prática de jejum é considerada uma forma de abstenção dos pecados.

Já no domingo de Páscoa, o peixe simboliza a vida. Alguns apóstolos de Cristo eram pescadores e os primeiros cristãos já incluíam o peixe entre os símbolos das suas crenças. O acróstico IXTUS, peixe em grego, fazia referência a Cristo e as letras representavam as iniciais de Iesus Xristos Theos Huios Sopter que significa, Cristo, Filho de Deus, o Salvador.

Até hoje, a tradição ainda é mantida por milhares de pessoas, o que faz com que o consumo de peixes aumente consideravelmente nesses dias. 


Peixes, eventos e saúde

Há 14 anos, a CEAGESP realiza a Santa Feira do Peixe e os números finais de cada evento mostram o aumento significativo no consumo. Em 2018 foram comercializados 130 toneladas de peixes durante os 4 dias do evento.

Mesmo com números tão expressivos nessa época, o consumo de peixes pela população ainda é baixo no restante do ano. Dados do IBGE de 2018 mostram que o brasileiro consome, em média, 9,5 kg de peixe por ano, enquanto a média mundial é de mais de 20 kg/habitante/ano. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), por sua vez, recomenda que o ser humano consuma 12 kg/habitante/ano.

O baixo consumo está ligado aos próprios hábitos do brasileiro, que continua preferindo carnes de gado, frango e suíno. Muitas campanhas são realizadas durante o ano a fim de despertar na população o interesse por consumir peixes, não somente nessa época, mas durante todo o ano, pois possuem propriedades muito importantes para a saúde: sais minerais, como cálcio, fósforo e iodo, vitaminas A e B e baixo teor de lipídeos.

 Crédito das imagens: Internet e CODCO











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