Em junho, números apontam 4,27% positivos.
O
índice de preços da CEAGESP encerrou o mês de junho com alta de 4,27%,
influenciado principalmente pela elevação dos preços das frutas. Após 5 quedas
consecutivas, o setor de frutas apresentou recuperação dos preços praticados.
Legumes e verduras também subiram. Os setores de diversos e pescados
registraram queda nos preços praticados. Mesmo com essa alta registrada no mês,
o índice CEAGESP acumula queda de 2,05% no ano.
Nos últimos 12 meses, o indicador recuou 5,23%.
O
volume ofertado em junho deverá fechar com acentuada elevação, mesmo com as
condições climáticas adversas registradas em algumas regiões produtoras. O frio
excessivo retarda o desenvolvimento e a maturação de algumas culturas. Assim,
verificamos que as recuperações de preços estão associadas muito mais ao forte
aquecimento da demanda do que a problemas na oferta. Devido a uma maior
flexibilização do isolamento social na grande São Paulo, com aberturas de novos
estabelecimentos e uma maior circulação de pessoas, houve aumento substancial
do número de compradores durante todo o mês de junho.
Em
junho, o setor de frutas apresentou forte alta de 7,76%. Foi o primeiro aumento
no ano. As principais elevações no mês ocorreram nos preços da carambola (81,6%),
do caqui rama forte (66,8%), da uva niágara (53,8%), da ameixa chilena (46,1%)
e das mangas palmer (30,0%) e tommy atkins (29,5%). As principais quedas
ocorreram nos preços da acerola (-13,2%), das laranjas pera (-11,8%) e lima
(-10,7%) e das goiabas vermelha (-9,6%) e branca (-9,0%).
O
setor de legumes registrou alta de 1,14%. As principais elevações de preços
aconteceram com o jiló (54,8%), com o pepino japonês (50,0%), com os pimentões
vermelho (44,2%) e amarelo (43,3%), com a pimenta cambuci (25,8%) e com a
abóbora japonesa (23,7%). As principais baixas ocorreram com os preços da
cenoura (-27,3%), dos tomates italiano (-23,6%) e achatado (-19,6%), da
beterraba (-19,5%) e da ervilha torta (-12,1%).
O
setor de verduras apresentou alta de 3,0%. Os principais aumentos registrados
foram da couve (46,8%), do rabanete (26,3%), do louro (25,4%), da mostarda
(16,1%) e da rúcula (13,6%). As maiores quedas de preços ocorreram com a rúcula
hidropônica (-9,7%), com o repolho (-9,3%), com a alface crespa (-8,3%), com o
espinafre (-6,4%) e com a alface lisa (-6,2%).
O
setor de Diversos (cebola, batata, alho, coco seco, ovos) fechou o mês com queda de 1,30%. As principais baixas se
deram nos preços da cebola (-8,3%), das batatas asterix (-4,1%) e lavada
(-4,0%) e do amendoim com casca (-3,1%). O alho registrou elevação de 9,2%.
O
setor de pescados registrou baixa de 2,78%. As principais quedas se deram nos
preços do polvo (-13,7%), do salmão (-11,3%), do robalo (-8,4%), da anchova
(-6,1%) e da tilápia (-5,4%). Os principais aumentos ocorreram nos preços da
cavalinha (40,6%), do cascote (25,3%), da pescada maria mole (14,9%), da
corvina (13,2%) e da abrótea (10,2%).
Tendência
do Índice
Com
a flexibilização do isolamento e a perspectiva de retorno de novas atividades
em julho na capital e alguns municípios da grande São Paulo, incluindo bares e
restaurantes, a tendência é que a demanda suba gradativamente.
O
Índice CEAGESP fechou o mês passado em alta, encerrando uma sequência de quatro
baixas no ano. Entretanto, os preços de FLV ainda seguem atrativos para o
consumidor, considerando os últimos 12 meses. Adentrando a estação de inverno,
época do ano marcada por temperaturas mais amenas e menor incidência de chuvas,
que tendem a favorecer a produção agrícola, poderá ocorrer redução e/ou
estabilidade nos preços dos produtos. Nessas condições, os consumidores podem
aproveitar os preços em níveis inferiores e a boa qualidade dos produtos. Esse
quadro poderá sofrer alteração caso ocorram geadas nas regiões produtoras.
Índice
CEAGESP
Primeiro
balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um
indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras,
Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os 150 itens da cesta foram
escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a
sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é
referência nacional em abastecimento.
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