A Companhia
de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) surgiu em maio de 1969
da fusão de duas empresas mantidas pelo governo do Estado de São Paulo: o
Centro Estadual de Abastecimento (CEASA) e a Companhia de Armazéns Gerais do
Estado de São Paulo (CAGESP). Hoje, prestes a completar 50 anos, ela se destaca
como importante distribuidor de frutas, legumes e verduras, pescados e flores
não só para a cidade de São Paulo, como para todo o país.
Cerca de
60% de tudo que é consumido em hortícolas e pescados passa pelo portões da
CEAGESP, que ainda abastece cerca de 30% de tudo que é comercializado nas
centrais de abastecimento do Brasil, desde a região amazônica até a ponta do
Rio Grande do Sul. Seus números não param por aí.
Atualmente,
recebe mercadorias de mais de 200 municípios brasileiros e 18 países, e por ano
movimenta em torno de R$ 3,06 milhões de toneladas de alimentos por ano (dados
de 2018), o que representam um volume financeiro aproximado de R$ 7,8 bilhões,
somente no Entreposto Terminal São Paulo, na capital paulista, o maior da rede
de 13 unidades de entrepostagem espalhados em todo o estado de São Paulo.
No interior
do estado, são 12 centrais de abastecimento regionais estrategicamente
posicionadas para garantir que produtores locais possam oferecer seus produtos
próximos às suas áreas de produção, oferecendo assim ao consumidor frutas,
legumes e verduras frescos todos os dias. Somados, as unidades comercializaram
em 2018 cerca de 857,9 mil toneladas de produtos, o que representou cerca de R$
1,8 bilhão.
Aliás, a
rede CEAGESP só fecha seus portões no Natal e Ano Novo, permanecendo aberta inclusive
nos feriados. O Entreposto Terminal São Paulo praticamente funciona 24 horas,
com a feira de pescados funcionando de madrugada de terça a sábado das 2h às
6h, a feira de flores operando de 0h às 9h30, frutas, legumes e verduras entrando
pelos portões já a partir das 4h, e a comercialização de hortaliças no Pavilhão
Mercado Livre do Produtor indo até às 21h quase todos os dias.
A CEAGESP
foi criada para possibilitar que a produção do campo, proveniente de vários
estados brasileiros e de outros países, alcance a mesa das pessoas com
regularidade e qualidade. Para tanto, conta com duas unidades de negócios
distintas e que são complementares: a entrepostagem e a armazenagem.
Entrepostagem
Em 1977,
quando a CEAGESP ampliou o Pavilhão Mercado Livre do Produtor (MLP), construído
em 1964 no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP), na capital paulista, chegou-se
ao recorde de 6,2 mil toneladas de produtos vendidos em um só dia. A marca
superou o maior mercado do mundo, o Paris-Rungis, na França.
Hoje, o
ETSP, que foi inaugurado em 1966, é considerado um dos maiores centros de
comercialização atacadista do planeta, com a movimentação média de 280 mil
toneladas de frutas, legumes, verduras, pescados, flores e diversos (alho,
batata, cebola, coco seco e ovos) a cada mês.
No final
dos anos 70, a empresa iniciou o processo de descentralização, com a
inauguração, em São José do Rio Preto, da primeira unidade de comercialização
fora da capital. Atualmente, a Companhia mantém 12 centrais de abastecimento no
interior, próximas a polos de produção e consumo.
Na mesma
época, a CEAGESP também investiu no atendimento ao consumidor. Em 1979, criou o
primeiro varejão com produtos frescos a preços controlados. Em 1983, vieram os
sacolões para vender legumes e verduras por quilo a preço único. Em 1984,
surgiram os comboios, que funcionavam como mini varejões. Finalmente, em
dezembro de 1994, houve a implantação do varejão noturno no ETSP.
Armazenagem
A rede de
armazenagem também acompanhou o crescimento da Companhia. Em 1970, foram
construídos os primeiros silos (grandes depósitos, em forma de cilindro, para
guardar produtos agrícolas) horizontais do país, acoplados a graneleiros
(locais que recebem ou abrigam mercadorias a granel). Na época, a rede recebia
os estoques reguladores do Governo Federal, comprados em vários estados e
armazenados em cidades do interior de São Paulo.
A partir de
1986, os armazéns da empresa passaram a acondicionar açúcar ensacado, por conta
da expansão da cultura de cana-de-açúcar que, ao lado da laranja, assumiu a
liderança da agricultura paulista. Em 1997, a CEAGESP foi federalizada e
vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Missão e ação social
Mais do que
nunca, a CEAGESP garante, de forma sustentável, a infraestrutura necessária
para que atacadistas, varejistas, produtores rurais, cooperativas,
importadores, exportadores e agroindústrias desenvolvam suas atividades com
garantia de segurança, eficiência e serviços qualificados, e com isso,
possibilita que a população brasileira tenha acesso a alimentos frescos e
saudáveis o ano todo.
Preocupada também
com sua participação na sociedade, a Companhia possui dois projetos sociais: a
Associação de Apoio à Infância e Adolescência Nossa Turma e o Banco CEAGESP de
Alimentos (BCA). A Nossa Turma está estabelecida dentro do Entreposto Terminal
São Paulo (ETSP), e atende cerca de 160 crianças e adolescentes em situação de
vulnerabilidade social que vivem no entorno da região.
O espaço
ocupado é cedido através de convênio firmado entre a empresa e a Associação. A
Nossa Turma oferece lazer educativo voltado ao desenvolvimento humano, de modo
a garantir as bases para uma transformação social positiva.
Banco
CEAGESP de Alimentos (BCA)
Criado em
2003, o Banco CEAGESP de Alimentos (BCA) faz parte do projeto social da
CEAGESP, cujo propósito principal é combater o desperdício de alimentos ao
redirecionar frutas, legumes e verduras doados pelos comerciantes do Entreposto
Terminal São Paulo para entidades cadastradas que fazem atendimento a pessoas
em situação de risco alimentar, como moradores de rua, dependentes de
substâncias químicas, pessoas de baixa renda ou em situação de exclusão social.
Em 2018, o
BCA registrou cerca de 753 atendimentos, que totalizaram algo em torno de 902
toneladas de produtos que deixaram de ir para o lixo e foram utilizados para
alimentar centenas de pessoas beneficiadas pelo programa. De janeiro a abril de
2019, o Banco CEAGESP de Alimentos conseguiu fazer cerca de 173 atendimentos,
um total de 304 toneladas de frutas, legumes e verduras reaproveitadas para
consumo humano.
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