Na tarde da última terça-feira, 30, aconteceu no Auditório Nelson
Loda no Entreposto da Capital, o encerramento da campanha Outubro Rosa,
dedicado à conscientização para o combate ao câncer de mama.
Fabiana compartilhou parte de sua história e
apresentou informações importantes sobre a doença. Causada pela
multiplicação de células anormais da mama que formam um tumor, este tipo
de câncer é a maior causa de morte entre as mulheres no mundo e a
segunda nos países desenvolvidos. Estima-se que 60 mil novos casos sejam
diagnosticados no Brasil, sendo 1% em homens, de diversas idades.
Vários fatores estão ligados ao surgimento da doença, como stress,
obesidade, consumo de bebidas alcoólicas, sedentarismo, fatores
genéticos, histórico reprodutivo e hormonal, entre outros.
A
professora contou que não fazia parte do chamado grupo de risco e que
aos 33 anos, por meio do autoexame, descobriu um nódulo. Assim como ela,
a maior parte das mulheres é a responsável em detectar o câncer de
mama, que se for descoberto logo no início, possibilita uma maior chance
para a cura.
Graças à evolução da medicina, os tratamentos para
câncer de mama também apresentaram importantes mudanças. Dependendo do
estágio em que se encontra o tumor, sua localização, o estado de saúde
da paciente e os efeitos colaterais, é possível tratar com cirurgia,
quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia. Porém, por mais que o
tratamento seja menos agressivo ao físico, evitando ao máximo os efeitos
colaterais como náuseas e queda de cabelo, o impacto causado por essa
enfermidade no aspecto emocional é muito grande podendo ocasionar medo,
ansiedade, depressão e baixa autoestima.
O poder da dança
Considerada
sagrada e muito conhecida na região do Egito, a Dança do Ventre sempre
fez parte da vida da Fabiana, que só parou de dançar para realizar a
cirurgia e a quimioterapia. Ela acredita que a dança lhe deu força para
ser mulher e lhe ensinou a amar-se de verdade, e decidiu que essa
descoberta, que tanto bem fez para sua própria recuperação, deveria ser
compartilhada com todas as mulheres que enfrentam a doença.
Por
meio da dança, Fabiana encontrou o caminho para a cura e junto com o
grupo de pacientes e alunas, desfrutam dos inúmeros benefícios
proporcionados por ela: elevação da autoestima, aceitação do corpo,
qualidade de vida e bem estar, melhora dos sintomas depressivos, de
stress e ansiedade, além da criatividade, feminilidade e dos vínculos
afetivos criados.
Com duração de duas horas, a aula torna-se um
prazeroso momento de cura e transformação e em um caminho para o
autoconhecimento. Além das aulas, o grupo também visita as outras
pacientes durante a quimioterapia levando uma mensagem de amor e
mostrando que elas não estão sozinhas, pois cada integrante também já
passou por isso. Entre elas está Aparecida, 78 anos, que faz parte do
projeto desde a primeira aula, em maio de 2015.
Após as palavras
de Fabiana, o grupo se apresentou e emocionou a plateia, esbanjando
muito otimismo, feminilidade e movimento. E como a dança é contagiante,
todas as presentes foram convidados a dançar também, encerrando o
momento com muita descontração e alegria de viver.
"Todo mundo é capaz de dançar. Não ensino a dançar, só facilito o processo porque a dança já está em nós", completou Fabiana.
Campanha
Os
76 lenços doados pelos funcionários,permissionários e entidades da
CEAGESP foram entregues ao grupo e será compartilhado com as colegas e
pacientes do Hospital Pérola Byington.
A todos que participaram, o nosso Muito Obrigado e o agradecimento especial de Fabiana e seu grupo.
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