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Índice CEAGESP aponta alta de 2,64% em março

 Altas temperaturas prejudicaram a produção de hortaliças e, as chuvas, a colheita de batatas. As projeções, porém, indicam queda de preços em abril.


São Paulo, 7 de abril de 2014 – Em  março, o Índice de preços CEAGESP registrou alta de 2,64%. Neste  primeiro trimestre de 2014, o indicador acumula elevação de 10,72%. Nos últimos 12 meses o aumento foi de 12,21%.  Do lado da oferta, as hortaliças mais sensíveis continuaram a sofrer com os reflexos da estiagem e das altas temperaturas.  A chuva, outro problema climático registrado em algumas regiões produtoras do sul e do sudeste, também prejudicou a colheita, principalmente de batata.  Com a demanda ainda aquecida em razão da busca por alimentos mais leves e saudáveis, os preços mantiveram-se em patamares elevados nos setores de legumes, verduras e diversos. Porém, na segunda quinzena de março, legumes e verduras deram claros sinais de recuo.

O setor de frutas subiu 0,52%. Principais altas: manga Palmer (45,7%), banana nanica (32,4%), morango comum (26,7%), melão amarelo (16,7%) e maracujá doce (12,3%).  Principais quedas: Laranja lima (-24,8%), maracujá azedo (-17,9%), goiaba (-9,7%), manga Tommy (-8,9%) e pêra estrangeira willians (-8,1%).

O setor de legumes registrou elevação de 2%. Principais altas: Pimentão vermelho (114,5%), pimentão amarelo (73,1%), tomate (42,2%) e maxixe (16,2%). Principais quedas: Ervilha torta (-39,7%), berinjela (-31,5%), Cará (-26,3%), chuchu (-25,5%) e pepino (-11,8%). 

O setor de verduras apresentou alta de 6,18%. Principais elevações: Coentro (76,8%), alface crespa (16,6%), almeirão (16,2%), alface lisa (14,2%) e escarola (12,3%). Principais quedas: Rabanete (-26,7%), salsa (-23,1%), brócolis (-22,7%) e repolho (-15,4%).  

O setor de diversos subiu 17,75%.  Principais altas: Batata comum (41,9%), ovos vermelhos (25,9%), ovos brancos (20,3%), cebola nacional (5,8%) e amendoim (5,3%).  Não houve quedas significativas no setor.

O setor de pescados subiu 5,74%. Principais altas: Pescada (35,5%), tainha (20,6%), lula congelada (15,6%), polvo (12,2%) e abrotea (10,8%). Principais quedas: Cavalinha (-12,4%) e cascote (-8%).
  

Tendência

As elevações acentuadas de preços não se repetiram em março. Ainda em patamares elevados,  os preços de legumes e verduras perderam fôlego durante toda a  segunda quinzena do mês e devem apresentar  retração em abril, principalmente nos setores de legumes e verduras.

O mês de abril normalmente registra temperaturas mais amenas e pouca incidência de chuvas nas regiões produtoras. Este quadro climático favorece a produção agrícola, notadamente de hortaliças. Assim, as folhosas deverão apresentar forte redução de preços, impulsionada também pela esperada redução no consumo destes produtos.

O setor de frutas deverá contar com o ingresso de produtos sazonais importantes como caqui, tangerina, laranja, manga, goiaba, entre outros, e os preços do setor também deverão perder fôlego. Ainda no setor de frutas espera-se retração no consumo, principalmente das frutas tropicais como abacaxi, melancia, melão, coco verde, entre outros, cuja demanda aumenta no verão, mas não se sustenta nas outras estações.

Já o setor de pescados deverá permanecer com preços elevados. Durante toda a quaresma e, principalmente, na semana que antecede a páscoa, o consumo aumenta significativamente e mesmo com o maior volume ofertado, não há previsão de queda de preços. Ao contrário, a tendência é de preços elevados em todo o setor.

Índice CEAGESP

Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os 150 itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento.


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