No ano, indicador acumula queda
de 1,97% e, nos últimos 12 meses, recuou 12,02%.
São Paulo,
abril de 2020 – O índice de preços da CEAGESP apresentou alta de 1,98% em março. Cabe
ressaltar que as atividades de pesquisa foram suspensas em 20/03/2020 em
atendimento às recomendações dos órgãos de saúde em razão do avanço do
Coronavírus no país.
Após as adequações
necessárias para garantir a segurança dos pesquisadores da CEAGESP e dos
atacadistas - permissionários que fornecem as cotações de preços, informamos que
a pesquisa será retomada na próxima semana.
Assim, os números de
alguns produtos e setores como tomate, melão e folhagens por exemplo, podem não
refletir as quedas de preços ocorridas a partir da comercialização do dia
23/03/2020, período em que houve diminuição no volume de vendas, principalmente
após as restrições do Governo do estado de São Paulo em relação ao
funcionamento das escolas e também de serviços não essenciais, como bares,
restaurantes, etc.
No sentido inverso, os
citros, com destaque para a laranja e o limão, tiveram ligeira majoração nos
preços em razão do maior consumo. Segundo os atacadistas consultados, os consumidores
optaram por estes produtos pela manutenção da imunidade em função da vitamina C.
Há controvérsias em relação ao tema, mas
o fato é que houve elevação no consumo.
Após estas considerações fundamentais, informamos
que em março o setor de frutas
apresentou queda de 1,19%. As
principais reduções ocorreram nos preços da acerola (-25,3%), do abacate (-12,1%),
da goiaba (-10,8%), da pera D’anjou (-10%) e da maçã Fuji (-8,9%). As principais
altas ocorreram com o melão amarelo (28,6%), banana nanica (17,1%), melancia
(17%), uva niagara (11,9%) e kiwi estrangeiro (9,7%).
O setor de legumes registrou alta de 14,07%. Os principais aumentos de
preços ocorreram com a ervilha torta (43,4%), a cenoura (39%), a vagem macarrão
(34,3%), o pimentão verde (28,6%) e com o tomate italiano (21,1%). As
principais baixas se deram nos preços do chuchu (-42,9%), do cará (-14,9%), da
berinjela japonesa (-13,1%), da batata doce (-10,5%) e da mandioquinha (-4,7%).
O setor de verduras apresentou alta de 2,75%. As
principais elevações foram da salsa (30,1%), do salsão (26,9%), do almeirão (18,7%),
do espinafre (17,6%) e da couve (15,8%). As maiores baixas ocorreram nos preços
da alface hidropônica (-19,5%), do rabanete (-16,3%), da rúcula (-15,6%), do
coentro (-11,9%) e da erva doce (-11,8%).
O setor de diversos fechou o mês com alta 7,82%. As
principais altas ficaram por conta da cebola (30,1%), do alho estrangeiro
(15,7%), do amendoim (14,6%), do coco seco (9,9%) e dos ovos vermelhos (4%).
Não houve reduções significativas no setor até 20/03/2020.
O setor de pescados apresentou forte
baixa de 0,53%. As principais
reduções ocorreram nos preços da sardinha congelada (-48,7%), da sardinha
fresca (-27,4%), da cavalinha (-23,4%), do badejo (-14,6%) e da betarra
(-3,7%). As principais altas se deram nos preços do cascote (10%), da tilápia
(9,2%), da lula congelada (8,6%), da pescada (6,9%) e do camarão ferro (5,4%).
O entreposto de São Paulo continua
operando normalmente e provendo o abastecimento com regularidade na grande São
Paulo, interior e outros estados.
As
frutas, legumes e diversos (batata, alho, cebola e ovos) continuam sendo os
produtos mais procurados. Já as folhosas continuam registrando retração
acentuada na demanda.
Apesar
da queda do volume de vendas e do número de compradores, principalmente nas
terças e quintas, os atacadistas da Ceagesp continuam mantendo a oferta de
hortifrútis constante, assegurando o abastecimento regular no entreposto.
Índice CEAGESP
Primeiro balizador de preços de alimentos
frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um indicador de variação de preços no
atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados
mensalmente, os 150 itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de
cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi
lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento.
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