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Pesquisa indica que cinco frutas típicas da Mata Atlântica possuem propriedades bioativas de destaque tanto quanto o mirtilo e outras “berries” (foto: Grumixameira/Wikimedia Commons) |
As frutas conhecidas como bacupari-mirim, araçá-piranga,
cereja-do-rio-grande, grumixama e ubajaí ainda não ganharam fama, nem
espaço nos supermercados. Se depender de suas propriedades bioativas, em
questão de tempo elas poderão estar não só disputando espaço nas
gôndolas como ganhando posição no ranking dos alimentos da moda.
Além dos valores nutricionais, as cinco frutas nativas da Mata
Atlântica têm elevadas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
Foi o que verificou uma pesquisa desenvolvida na Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP)
em parceria com a Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade de La
Frontera, no Chile.
“Não havia muito conhecimento científico sobre as propriedades dessas
frutas nativas. Agora, com os resultados do nosso estudo, a ideia é
fazer com que elas sejam produzidas por agricultura familiar, ganhem
escala e cheguem aos supermercados. Quem sabe elas não se tornam um novo
açaí?”, disse Severino Matias Alencar, do Departamento de
Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Esalq, se referindo ao sucesso
comercial da fruta amazônica com grande quantidade de antioxidantes e
que hoje tem a polpa exportada pelo Brasil para vários países.
O trabalho, com apoio da FAPESP, teve resultados publicados na revista PLOS ONE.
No estudo foram avaliados os compostos fenólicos – estruturas
químicas que podem ter efeitos preventivos ou curativos – e os
mecanismos anti-inflamatórios e antioxidantes do extrato de folhas,
sementes e polpa de quatro frutas do gênero Eugenia e uma do gênero Garcinia: araçá-piranga (E. leitonii), cereja-do-rio-grande (E. involucrata), grumixama (E. brasiliensis), ubajaí (E. myrcianthes) e bacupari-mirim (Garcinia brasiliensis), todas típicas da Mata Atlântica.
Como elas são espécies difíceis de serem encontradas e algumas estão
em risco de extinção, as plantas foram fornecidas por dois sítios
localizados no interior de São Paulo. As duas propriedades comercializam
as plantas com o objetivo de preservação da coleção. Um dos produtores
possui a maior coleção de frutas nativas do Brasil, somando mais de 1,3
mil espécies plantadas. (Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP)
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