O agricultor brasileiro poderá contar a partir de segunda-feira (3) com recursos para financiar a próxima safra agrícola. São R$ 190,25 bilhões destinados pelo governo federal para as operações de custeio, comercialização e investimento, por meio do Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018. A expectativa é que mais uma vez o setor do agronegócio contribua para impulsionar a economia do país, com uma colheita que poderá superar 240 milhões de toneladas de grãos.
“Mesmo num cenário de dificuldade, o governo reduziu os juros de
algumas linhas de crédito para permitir que os agricultores tenham
safras capazes de garantir a segurança alimentar do brasileiro e
excedentes exportáveis para gerar divisas”, ressalta o secretário de
Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuário e
Abastecimento, Neri Geller, acrescentando que o cenário é bastante
otimista para a próxima temporada agrícola.
“Programas como PCA [Programa de Construção e Ampliação de Armazéns],
que reduziu os juros a 6,5% ao ano, vão alavancar a retomada dos
investimentos em armazenagem. Isso ajudará a amenizar ou resolver o
problema de logística e dará condições ao nosso produtor para continuar
avançando forte no aumento da produção agrícola no país”, enfatiza
Geller.
O secretário acredita que o produtor vai, mais uma vez, mostrar
firmeza e disposição para fortalecer a atividade agrícola. “E nós, do
governo, estamos fazendo nossa parte para dar sustentação tanto do ponto
de vista de crédito quanto da ampliação do recurso e da garantia de
preço mínimo.” Segundo ele, o apoio ao setor é fundamental porque o
agronegócio representa quase metade das exportações e por cerca de 21%
do PIB (Produto Interno Bruto) do país.
Do montante anunciado em 7 de junho último pelo presidente Michel
Temer e pelo ministro Blairo Maggi, durante solenidade no Palácio do
Planalto, R$ 550 milhões são do Programa de Subvenção ao Prêmio do
Seguro Rural (PSR) e R$ 1,4 bilhão para apoio à comercialização.
Juros
O Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018 reduziu em um
ponto percentual ao ano as taxas de juros das linhas de custeio e de
investimento e de dois pontos percentuais ao ano às dos programas
voltados à armazenagem e à inovação tecnológica na agricultura.
No crédito de custeio, os juros caíram de 8,5% ao ano e 9,5% ao ano
para 7,5% e 8,5%. Já para os programas de investimento, à exceção do PCA
e Inovagro, a taxa foi fixada em 6,5% ao ano.
Crédito
O volume de crédito para custeio e comercialização é
de R$ 150,25 bilhões, sendo R$ 116,25 bilhões com juros controlados e
R$ 34 bilhões com juros livres. O montante para investimento saltou de
R$ 34,05 bilhões para R$ 38,15 bilhões, com aumento de 12%.
Confira AQUI o Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018
Confira AQUI as resoluções publicadas no Banco Central
(Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)
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